Você pode não estar familiarizado com este nome, mas
certamente reconhecerá os efeitos que este grupo de profissionais provocou na
sociedade Ocidental durante o século XX. Antes de apresentarmos quem exatamente
eles foram, vamos dar uma olhada nas ideias e citações que os ajudaram a
desenvolver a sua visão de mundo Marxista:
- Karl Marx defendia uma “Comunidade das Mulheres” em seu
Manifesto Comunista.
- Frederich Engels promoveu a ideia de uma sociedade
matriarcal em “As Origens da Família, da Propriedade Privada e do Estado”.
- Wilhelm Wundt, que praticamente inventou a
metodologia utilizada na psicologia comportamental, propôs na década de 1870
que o homem nada mais é do que um animal e, como tal, não pode controlar os
seus impulsos. Ele acreditava que as crianças poderiam ser treinadas apenas
através de uma abordagem estímulo-resposta pelo sistema nervoso.
- Em 1884, um grupo de intelectuais socialistas fundou a
Sociedade Fabiana em Londres. Seu objetivo era transformar gradualmente a
sociedade através da ideologia de esquerda. Os Fabianos fundaram a Escola de
Economia de Londres em 1895 e o Partido Trabalhista Britânico em 1900.
- Georg Lukacs, que foi eleito Comissário do Povo para a
Educação e Cultura durante o regime bolchevista de Béla Kun na Hungria em 1919,
promoveu a descristianização do país e a sexualização das crianças.
Não é preciso dizer que houve muito pensamento e muitas
atividades durante a metade do século XIX, provocando a ascensão do Modernismo
e do Comunismo, o qual finalmente colheu seus frutos em 1917 com o
desenvolvimento de um Estado Soviético. O Papa São Pio X e alguns teólogos
protestantes, tais como o Luterano Charles Porterfield Krauth e o
Presbiteriano John Gresham Machen condenaram o modernismo. Pio X o
declarou como uma heresia em 1907 e aconselhou aos católicos para que evitassem
se afiliar a organizações trabalhistas que atuassem contra os ensinamentos da
Igreja.
Depois da ascensão do Estado Soviético, Marxistas e
Comunistas no Ocidente estavam confusos com relação aos motivos pelos quais
outros países também não passaram por transformações semelhantes. Antonio
Gramsci foi um deles, e da mesma maneira também o foram seus colegas
contemporâneos na Universidade de Frankfurt na Alemanha. Gramsci e este grupo
de professores Marxistas do Instituto de Pesquisas Sociais daquela universidade
desenvolveram independentemente teorias sobre como avançar a prática Marxista
na sociedade Ocidental.
Mas, antes de começarmos a discutir sobre a Escola de
Frankfurt, vamos estudar outro contemporâneo daquele período – Georg Lukacs.
Quase 20 anos antes da publicação dos “Cadernos do Cárcere” de Gramsci, que
pregavam a descristianização e a completa transformação dos valores culturais
dos criminosos, das mulheres e das minorias raciais, Lukacs já havia
implementado essas transformações naquilo que até aquele momento era uma
Hungria altamente tradicional. Linda Kimball explica em sua dissertação
sobre o Marxismo Cultural publicada na revista American Thinker:
Partindo da lógica de que se a ética sexual cristã fosse
retirada das crianças, então tanto a tão odiada família patriarcal como a
Igreja sofreriam um golpe fulminante. Lukacs introduziu um programa radical de
educação sexual nas escolas. Foram organizadas aulas sobre sexo e foi
distribuída uma literatura que instruía graficamente a juventude ao amor livre
(promiscuidade) e as relações sexuais, ao mesmo tempo que a encorajava a
ridicularizar e a rejeitar a ética moral cristã, a monogamia e a autoridade da Igreja
e dos pais. Tudo isso era acompanhado por um reino de terror cultural
perpetrado contra os pais, padres e dissidentes.
A juventude húngara, sendo alimentada por uma dieta livre de
valores (ateísmo) e com uma educação sexual radical que estimulava uma rebelião
contra todo tipo de autoridade, facilmente se transformou em delinquentes que
variavam de bullies e pequenos ladrões a predadores sexuais, assassinos e
sociopatas.
A receita de Gramsci e os planos de Lukacs foram os
precursores daquilo que o Marxismo Cultural… mais tarde trouxe às escolas
americanas.
Lukacs foi uma influência primária, junto com Marx, Hegel,
Freud, Kant e outros na Escola de Frankfurt. Estes teóricos sociais, alguns dos
quais tinham pouca ligação entre si, tinham em comum um forte desejo de mudança
social. Muitas de suas influências e muito de seu trabalho foi baseado no
ataque aos aspectos positivos da sociedade Ocidental. Sua abordagem era fluida
para combater seus oponentes. Se um argumento apoiava o Marxismo, eles o
chamavam de ilógico. Se um argumento apoiava o Capitalismo or a manutenção do
status quo, eles o rotulavam de ilógico. Opositores eram chamados de
mentalmente instáveis. Finalmente, as idéias postas em prática pela Escola de
Frankfurt do Instituto de Pesquisas Sociais em 1923 evoluiu para aquilo que
mais tarde veio a ser chamado de “politicamente correto”. Veremos mais sobre
isso em breve.
A tradição de pensamentos associados com a Escola de
Frankfurt é conhecida como teoria crítica, em uma alusão à filosofia crítica de
Kant. O marxismo cultural, também primeiramente associado à Escola de
Frankfurt, é a aplicação da teoria crítica em questões sociais – o que nós
podemos ver como uma engenharia social.
No começo da década de 1930, os membros da Escola de
Frankfurt – principalmente, Theodor W. Adorno, Max Horkheimer, Ernst Bloch,
Walter Benjamin, Wilhelm Reich, Erich Fromm, Herbert Marcuse, Wolfgang Fritz
Haug e Jürgen Habermas – perceberam que uma mudança política estava
acontecendo na Alemanha. Adolf Hitler assumiu o poder em 1933 e o Instituto se
mudou para Genebra na Suíça naquele mesmo ano. Em 1934, a Universidade de
Colúmbia em Nova York ofereceu a esses teóricos um lar acadêmico. Assim, em vez
de transformar a sociedade alemã, eles passaram a colocar as suas ideias em
prática para transformar a sociedade americana. Eles publicaram um jornal
chamado “Estudos de Filosofia e Ciências Sociais”. Os artigos exploraram a
cultura americana, especialmente em seus aspectos mais populares. A Academia
Americana deu calorosas boas-vindas a estes profissionais.
Linda Kimball escreve:
A escola era um esforço multidisciplinar que incluía
sociólogos, sexólogos e psicólogos. O principal objetivo da Escola de Frankfurt
era o de traduzir o Marxismo a partir de seus termos econômicos para os termos
culturais. Isso daria as bases para uma nova teoria política de revolução
baseada na cultura, agregando novos grupos oprimidos à causa que antes seria
apenas do proletariado. Destruindo a moral religiosa, essa teoria também iria
adquirir uma sólida adesão entre os acadêmicos, que iriam construir a sua
carreira através do estudo e da elaboração de artigos científicos a respeito
desta nova opressão.
Depois da Segunda Guerra Mundial, muitos desses teóricos
voltaram à Europa (para as Alemanhas Ocidental e Oriental). Adorno e Horkheimer
restabeleceram o Instituto em Frankfurt em 1953. Marcuse, no entanto, continuou
nos Estados Unidos, onde as suas ideias moldaram amplamente a revolução sexual
e os protestos estudantis da década de 1960.
Kimball descreve este período e as suas consequências:
Para atingir seus objetivos, Marcuse favoreceu uma perversão
polimórfica. Expandiu o grupo definido por Gramsci que era formado pelo novo
proletariado, nele incluindo os gays, as lésbicas e os transexuais. A isso ele
aplicou as táticas de educação sexual e terrorismo cultural de Lukacs. A
“grande marcha” de Gramsci foi agregada a essa mistura, e depois disso
misturada com a psicanálise e com as técnicas de condicionamento psicológico de
Freud. O produto final foi o Marxismo Cultural, agora também conhecido no
Ocidente como multiculturalismo.
Resumindo, tudo que representa a cultura Ocidental histórica
era visto como “autoritário”. Os americanos – e outros – que possuíam tradições
ocidentais e valores familiares eram rotulados como intolerantes ou como mentalmente
desequilibrados:
Em 1950, a Escola de Frankfurt implantou o Marxismo Cultural
com o conceito de “personalidade autoritária” de Theodor Adorno. Este conceito
parte da premissa de que o Cristianismo, o Capitalismo e a família tradicional
criam uma personalidade passível de racismo e fascismo. Desse modo, qualquer
pessoa que possua os valores morais tradicionais americanos é tanto racista
como fascista. As crianças que forem criadas pelos pais com base nesses valores
tradicionais, como querem que nós acreditemos, quase certamente irão se tornar
racistas e fascistas. Como consequência disso, se o fascismo e racismo são
endêmicos dentro da cultura americana tradicional, então todo mundo que for
criado nos valores tradicionais de Deus, da família, do patriotismo, porte
legal de armas, ou de livre mercado precisa de tratamento psicológico.
É aqui que entra o “politicamente correto”. Kimball
continua:
Aqui, a forte sugestão é que para não ser considerado um
racista ou um fascista, uma pessoa deve ser não só imparcial como também deverá
abraçar os novos valores morais absolutos: diversidade, escolha,
sensibilidade, orientação sexual e tolerância. O “politicamente correto” é um
dispositivo maquiavélico de “comando e controle”. Seu propósito é a imposição
da uniformidade de pensamento, fala e comportamento.
Em sua teoria de niilismo crítico, por sua vez, promove o
“politicamente correto” (ênfase no original):
A Teoria Crítica é um vigente e brutal ataque
incansavelmente levantado através da crítica viciosa contra os Cristãos, o
Natal, os Escoteiros, os Dez Mandamentos, nossas forças armadas, e todos os
outros aspectos tradicionais da cultura e da sociedade americanas.
Tanto o “politicamente correto” como a Teoria Crítica são,
em sua essência, bullying psicológico. Eles são aríetes politico-psicológicos
pelos quais os discípulos da Escola de Frankfurt tais como a ACLU (American
Civil Liberties Union) estão forçando os americanos a se submeterem à vontade e
aos meios da Esquerda.
Se o “politicamente correto” se baseia na teoria crítica,
então a teoria crítica se baseia no que é conhecido como determinismo cultural.
Determinismo cultural é, essencialmente, uma política de identidades. No mundo
sem Deus que a Escola de Frankfurt e seus atuais aderentes defendem, nós
não temos nada a mais para confiar do que em nossas características físicas e
preferências sexuais. São eles que determinam quem nós somos. Sem um Deus, não
existe moralidade, e por isso não podemos mudar quem ou aquilo que somos. Isso
abre uma porta para o pós-modernismo e todo o relativismo a ele associado.
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